quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sentir




Quero ouvir a palavra que nunca foi sentida,
Rodar sem deixar a cabeça tonta,
Voar sem perder os pés no chão.
Brilhar um brilho de estrela morta,
Ofuscar a vida sem apagar o rumo.


Quero me embriagar em outros lábios,
Subir montanhas e
Navegar sem rumo.


Perder a cabeça,
Achar meu juízo,
Encontrar meu prumo,
Esquecer meu rumo.


Quero sorver a vida sem dor,
Deixas marcas na areia,
Construir castelos de cartas,
Respirar o mar morto.


Quero sentir o vento no rosto,
Embaraçar meu cabelo em outro corpo,
Amar até que me falte forças,
Levar minhas velas ao mar.


Quero acordar desse sonho morno,
Gritar meu nome bem alto,
Sentir o cheiro do mar,
Navegar em terra firme.


Quero sair de cena enquanto ainda posso brilhar.

Um comentário:

  1. Obrigado pelas palavras, fico feliz e honrado com elas. E tu também escreves bem, há sempre um forte lirismo e intimismo nos teus textos, como neste aqui. Abraços!

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