quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Provébios Chineses

"Ser pedra é fácil, o difícil é ser vidraça."
"A quem sabe esperar, o tempo abre as portas."
"Dinheiro perdido, nada perdido; Saúde perdida, muito perdido; Caráter perdido, tudo perdido."
"O fracasso é a mãe do sucesso."
"Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje."
"Melhor é acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão."
"Há três coisas que jamais voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida."
"Se o problema tem solução, não esquente a cabeça, porque tem solução. Se o problema não tem solução, não esquente a cabeça, porque não tem solução."
"Quando um homem descobre que seu pai tinha razão, geralmente já tem um filho que o acha um errado."
"Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa."
"Bondade em balde é devolvida em barril."
"Quem quer colher rosas deve suportar os espinhos."
"Temos UMA boca e DOIS ouvidos, mas jamais nos comportamos proporcionalmente."
"Jamais se desespere em meio às mais sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."
"Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
"Não há que ser forte. Há que ser flexível."
"Nada assenta melhor ao corpo que o crescimento do espírito."
"Quem a si próprio elogia, não merece crédito."
"Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje."
"A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?"
"O tempo que passas a rir é tempo que passas com os deuses."
"A alegria e a dor não vêm por si; respondem ao chamado dos homens."
"Aquele que pergunta, pode ser um tolo por cinco minutos. Aquele que deixa de perguntar, será um tolo para o resto da vida."
"Se parares cada vez que ouvires o latir de um cão, nunca chegarás ao fim do caminho."
"A maior de todas as torres começa aqui no solo."
"Escava o poço antes que tenhas sede."
"Um pequeno vazamento eventualmente afunda um grande navio."
"Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol."
"A língua resiste porque é mole; os dentes cedem porque são duros."
"Cuidado com aquele que tem a língua doce e uma espada na cintura. Um inimigo declarado é perigoso, mas um falso amigo é pior."
"Se comermos menos, degustaremos mais."
"Espere o melhor, prepare-se para o pior e receba o que vier."
"Eu estava furioso por não ter sapatos; então encontrei um homem que não tinha pés e me dei por muito satisfeito."
"Antes de dar comida a um mendigo, dá-lhe uma vara e ensina-lhe a pescar."
"Dê um peixe a um homem faminto e você o alimentará por um dia. Ensine-o a pescar, e você o estará alimentando pelo resto da vida."
"Ser pedra é fácil, o difícil é ser vidraça."
"Se você quer manter limpa a sua cidade, comece varrendo diante de sua casa"
"Aquele que se importa com os sentimentos dos outros não é um tolo."
"Sem a oposição do vento, a pipa não consegue subir."
"Um homem feliz é como um barco que navega com vento favorável."
"O cão não ladra por valentia, mas sim por medo."
"Quer a faca caia no melão, ou o melão na faca, o melão vai sofrer."
"Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantamos."
"Não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes; é preciso levar também a rede."
"Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida."
"Temos UMA boca e DOIS ouvidos mas jamais nos comportamos proporcionalmente."
"Quando um homem obtém poder até suas galinhas e cachorros sobem aos céus."
"A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?"
"Não há que ser forte. Há que ser flexível."
"Jamais se desespere em meio as sombrias aflições de sua vida, pois das nuvens mais negras cai água límpida e fecunda."
"Longa viagem começa por um passo."


"Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol."
"A adversidade é um espelho que reflete o verdadeiro eu."
"São os nossos inimigos que nos ensinam as mais valiosas lições de vida."
"A juventude não é uma época da vida, é um estado de espírito."
"Seja lento na promessa e rápido no desempenho."
"Melhor ser muito cético do que muito crédulo."
"Palavras ríspidas e argumentos pobres nunca resolveram nada."
"Não compense na ira o que lhe falta na razão."
"O homem é a principal fonte de seu próprio infortúnio."
"Por trás de acusações maldosas há sempre um argumento fraco."
"O amor por uma pessoa deve incluir os corvos de seu telhado."
"As bênçãos chegam uma de cada vez, a desgraça vem em grupo."
"Pobres são aqueles que não têm talentos; fracos os que não têm aspirações."
"Para viver bem e por muito tempo, seja moderado."
"Se em vez de enchermos o bolso enchermos a cabeça, não seremos roubados."
"O bom-senso vai mais longe do que muito conhecimento."
"Despreze os conhecimentos e faça todos pagarem por sua ignorância."
"Aquele que não gosta de ler é igual ao que não sabe ler."
"Hastes de trigo, cheias de grãos, aprendem a curvar a cabeça."
"Se houver um general forte, não haverá soldados fracos."
"Sem o fogo do entusiasmo não há o calor da vitória."
"Uma única árvore não faz uma floresta."
"Uma bela flor é incompleta sem suas folhas."
"Cada pessoa equivale a um grão de areia, mas uma multidão é como uma pedra de ouro."
"Cortesia é sinal de pessoa civilizada."
"Siga os bons e aprenda com eles."
"As más companhias são como um mercado de peixes; acaba-se acostumando com o mau cheiro."
"Aquele que só ouve elogios, mas nunca a crítica, acaba se dando mal."
"Defeitos e virtudes são apenas dois lados da mesma moeda."
"A derrota só será uma bebida amarga se concordarmos em tragá-la."
"Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que já possuímos."
"A desconfiança e a culpa geram insegurança."

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ayrton Senna da Silva


Essa semana estava vendo um documentário sobre a vida do maior piloto de todos os tempos e fiquei refletindo sobre a sua trágica morte. Mesmo eu, que não gosto de corridas de fórmula 1, não posso deixar de dizer que adorava ver o Ayrton correr.
Era impressionante ver a sua forma arrojada de pilotar. Se começasse a chover, mesmo que uma chuva fina que fosse, o seu desempenho aumentava consideravelmente. Quando todos tinham receio em pilotar, ele tinha coragem para arriscar, mesmo nas condições mais contrárias, ele nunca desistia.
Infelizmente, foi essa obstinação que o levou ao acidente fatal.
Ayrton era admirável! Jamais se conformava com o 2º lugar, pois para ele, o segundo era o primeiro dos últimos.
Fazia questão de saber absolutamente tudo relativo à sua profissão. Não media esforços para ser o nº 1.
Não era uma pessoa falante ou de riso fácil, o que poderia justificar toda essa admiração por ele. O que realmente causava admiração de todos era a sua seriedade, profissionalismo e integridade. Transmitia o seu amor pelo automobilismo por todos os poros de seu corpo. Era um apaixonado pelo que fazia e esse amor transbordava e atingia a todos que o assistiam.
Dizem que todos têm a sua hora para partir, que há uma ordem natural para que as coisas aconteçam e que não como fugir do destino, mas acho que a vida algumas vezes é muito injusta com certas pessoas. O destino foi injusto com o Ayrton Senna!
Mais de 10 anos após a sua morte não surgiu, até o dia de hoje, uma só pessoa que possa falar mal de sua conduta ou de sua personalidade. Talvez digam que era teimoso, obstinado, mas sempre em relação ao automobilismo e tudo que envolvesse a tentativa de um melhor desempenho. Mesmo quando vencia achava que poderia ter sido melhor, que a equipe poderia ter feito melhor, mas isso, na minha opinião, não era defeito, era o seu encanto.
Alguns podem dizer que era difícil trabalhar com ele, mas queria apenas o melhor de todos, assim como sempre procurava dar o melhor de si mesmo e, mesmo assim, era o maior crítico de si mesmo.
Falando dessa maneira alguém pode pensar que ele era um tipo de santo para mim, mas não é assim que me sinto em relação a ele, apenas o considero o ser humano mais admirável que já nasceu nesse país e acredito que se existissem mais pessoas como ele, nosso mundo seria bem melhor.
Poderia abrir o meu velho dicionário de sinônimos e ficar aqui escolhendo mais uma centena para falar de uma pessoa tão especial como foi Ayrton Senna, mas como não sei se, por se tratar de uma figura tão ilustre, um texto como este colocado na Internet possa causar algum transtorno, prefiro terminar esse texto com apenas dizendo que levará pelo menos 100 anos para nascer outro ser humano tão singular.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Luz e escuridão = explosão


Um dia eu acordei e uma luz ao meu lado.
Seu brilho era tão intenso que me cegou, me deixou leve, me fez voar. A alegria que seu brilho me causava me fazia seguí-la pelo mundo inteiro cegamente.
Sem questionar atravessei vales, rios e montanhas sem perceber que quanto mais a segui, mais me afastava de mim...
Um dia eu acordei e estava cercada pela luz, mas aos poucos, a imensa roda de luz foi se transformando em uma imensa roda de fogo.
Tentei fugir, gritar, mas fui vencida pelo cansaço. Sentei-me e procurei dentro de mim forças para resistir, mas descobri que eu não morava mais em mim.
Apenas a casca ainda estava em pé, a alma estava morta. Minha alma fora despedaçada em meu vôo insano e seus pedaços foram espalhados por toda a galáxia.
Desconsolada, me resignei. Meus gritos de socorro foram para sempre transformados em um choro minguado, silencioso, quase imperceptível.
Um dia eu acordei e não estava mais cercada pelo fogo. Estava sozinha no escuro, mas assim que me levantei, demônios sugiram das sombras e me cercaram por todos os lados.
Quanto mais tentava me esquivar, mais me atacavam, xingavam, agrediam. Tentavam me enlouquecer, mas nada mais podia me machucar, pois há muito os sentimentos haviam me abandonado.
Sentei e suportei calada todas as humilhações até meus tímpanos estourarem.
Chegei a desejar a morte, mas lembrei-me que já estava morta, apenas esqueceram de me enterrar.
Um dia eu acordei e descobri uma um pequeno brilho em meu bolso, uma luzinha com um brilho intenso. E com ela espantei meus demônios e senti a alegria voltar de novo a minha vida.
Abraçada à minha luzinha tentei encontrar uma saída, tentei iluminar o meu caminho com ela, mas era um fardo muito grande para algo tão pequeno.
Tentei alçar vôo, mas sua intensidade era pouca para tanta carga de negatividade acumulada por longos e tristes anos. Foi então que encontrei a saída, mas ela estava muito alta para que eu pudesse alcançar com minhas próprias pernas.
Num pequeno gesto, estiquei mina mão e coloquei minha luzinha na direção da saída para que pudesse se libertar. Senti que meu gesto causou ao mesmo tempo uma euforia e uma grande tristeza na minha pequena companheira, mas era minha missão libertá-la.
Meu coração, embora escuro, vazio e sozinho estava mais feliz agora.
Um dia eu acordei, dormi, acordei e dormi de novo e tudo continuava escuro. Não existia mais nada. Tudo havia virado pó.
Só eu continuava ali no mesmo lugar. Nem mesmo a morte conseguia mais me alcançar. Havia me tornado parte daquela escuridão toda e, por mais que eu tentasse, não havia mais como me separar dela sem que desintegrasse a única coisa que me restou: a certeza da liberdade da minha luzinha.
Decidi, então, não mais dormir e ficar sempre alertas para os perigos que podem surgir entre um anoitecer e um novo amanhecer e evitar perigos e surpresas. Depois de uma noite vem um novo amanhecer e, com ele novas surpresas, que dependendo das escolhas feitas na vida, nunca são agradáveis.
Cada amanhecer traz consigo um dia muito pior que o outro e, como não posso impedir o sol de nascer, não deixarei mais que a escuridão faça guarida aos perigos que me esperam.
Não me iludo mais com o brilho de falsos diamantes ou com o fogo que finge me aquecer para depois me queimar. Espero agora um final, aos menos digno, para um corpo cansado de vagar em vão. E que essa luta incessante entre forças possa trazer a pelo menos uma das partes o gosto da vitória, a sensação agradável de ter atingido o seu objetivo na vida.
E se cada lágrima derramada por mim em minha prisão sem muros tiver se transformado em uma pequena flor colorida, talvez eu tenha iluminado o dia de alguém com um brilho fraco, mas verdadeiro.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Auto-retrato


Eu sou uma palavra vazia,
Um buraco negro que insiste em sobreviver.


Sou algo inexplicável, inexplorável,
Ou talvez seja apenas igual.
Uma pequena gota solta num oceano.


Uma gota que insiste em se manter etérea.
Mártir de uma guerra sem ideais
Alguém tentando sobreviver na multidão.


Perfeita combinação entre o óleo e a água;
Amando os extremos e odiando arestas soltas;
Livre, sem soltar amarras;
Apenas esperando a calda do cometa,
Vago pelo universo
Rasgando ordens e leis
Aguardando sangue correrem em minhas veias.


Vasto mundo de antíteses
Aguardando quem lhe ponha ordem.
Ziguezagueando na minha mente
Inesperadamente transformando-se em
Amor.






Eu sou uma palavra vazia
Sou algo inexplicável
Uma pequena gota solta no oceano
Palavra que segue em vão
Vazia, perdia e inimaginável.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O mar


Eu gosto do mar, das ondas batendo nas pedras, no misto de gosto de sal e areia que fica na boca após um final de tarde na praia.
Chego a ouvir o barulho das ondas quebrando nas pedras numa tentativa inacreditável de inundar o mundo. Porém, até mesmo as ondas perdem as forças e se rendem à força do homem.
Vez por outra, ouve-se falar de uma revolta da natureza onde as ondas impõem suas vontades e causam catástrofes, mas, no geral, o que acontece mesmo é que as ouvimos gritar, esbravejar, mas se deixar subjugar.
Cada onda que chega a praia não passa desapercebida, pois seu estrondo faz-se ouvir de longe, porém o que para muitos parece uma ameaça, é apenas um lamento de dor, um pedido de acalanto, de amparo.
Apesar de estar muito longe de qualquer praia, eu consigo ouvir o mar em meus ouvidos.
Consigo acompanhar o seu vai-e-vem incessante em meus pensamentos.
O mar está tão presente em meu caminhar que nem mesmo uma concha poderia reproduzir tão perfeitamente o som em meus pensamentos.
Os homens roubam do mar territórios, mas o mar devolve tudo que lhe é emprestado.
Por ele podemos dar a volta ao mundo, conhecer novos continentes, novas amizades, mas nem residem vida e morte em perfeita harmonia. Feio e belo, amores e tragédias.
É nele que muitos esperam respostas para seus temores e angústias, mas em vão, pois não entendem as suas palavras.
Eu ainda consigo ouvir o mar. Talvez porque ainda tente entender o que ele me falou.

Tic-tac

No passar insano das horas,
Perco-me no tic-taquear de um velho relógio
Que insiste em me acompanhar.
O som dos minutos me ensurdece na solidão em que me encontro.
Agarro-me aos ponteiros na tentativa de pará-lo,
Mas ele arrasta-me através do seu incansável movimento.
Grito, choro, me desespero, mas o tempo é cruel.
Ele não nos dá sequer uma chance para pensar.
Pulando de um ponteiro ao outro, busco pelo tempo
Que nem vejo passar.
No galgar dos números vejo rostos,
Sinto gostos, mas não vejo a vida.
No tilintar do pêndulo
Percebo o esvaziar de minh’alma.
Passam segundos, minutos, horas...
Sinto-me aprisionada no tempo,
Desse relógio insano,
Desse absurdo astrológico,
Que movimenta sempre para frente,
Mas nos leva para trás.
Por que não abandonar o corpo no espaço?
Por que não deixar o corpo desafiar a lei da gravidade?
A cada reflexão sinto-me mais enredada nessa teia do tempo,
Mais e mais envolvida em sua trama
Apenas à espera da enorme aranha que me envolve
Para depois me devorar.
A cada volta do relógio, mais fio envolve meu corpo
Deixando-me imobilizada, imóvel,
Quase sufocada,
Tirando-me as forças para tentar.
Troco o ponteiro dos minutos pelo das horas
Numa tentativa inconseqüente da hora não passar,
Não movimentar, não sentir,
Por não mais poder lutar.




quinta-feira, 24 de julho de 2008

Efeitos em fotos

Faça um quebra-cabeça com suas fotos prediletas.

Clique no link abaixo:

http://www.dumpr.net/puzzle.php


1- Clique em procurar para escolher uma foto no seu arquivo
2- Clique em continue
3- Clique no ícone de salvar para ter a foto em seu computador

Efeitos em fotos


Suas fotos em um museu.


O que você acha de ter as suas fotos em um quadro de um museu?

Clique no link abaixo:

http://www.dumpr.net/museumr.php


1- Clique em procurar para escolher uma foto do seu arquivo
2- Escolha o ambiente em que deseja colocar a foto (tem 4 opções)
3- Clique em continue
4- Clique no ícone de salvar para ter a montagem em seu computador


Efeitos em fotos


Fotos de celebridades

Sinta-se uma verdadeira celebridade sendo fotografado por paparazzos!

Clique no link

http://www.dumpr.net/celebrity-pics.php

1- Clique em procurar
2- Escolha o seu modelo (tem 4 posições para a foto)
3- Clique no ícone de salvar


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Efeitos em fotos




Fazendo um cubo mágico com suas fotos

Clique no link

http://www.dumpr.net/rubik.php

1– Escolha a foto
2- Espere carregar
3- Clique no ícone de salvar

Efeitos em fotos




Faça suas fotos virarem lindos desenhos.

Clique no link abaixo

http://www.dumpr.net/sketch.php

1- Escolha a foto em seu arquivo
2- Aguarde a imagem ser transformada
3- O grande problema, a meu ver, é como salvar, pois não salva com o botão direito, mas você tem a sugestão de mandar para se orkut ou blog. Pode também clicar no botão salvar para o arquivo ser enviado para seu pc.

Efeitos em fotos


Capas de revistas

Aqui você cria algumas capas de revistas

http://www.semfrescura.net/capas/

1- Escolha a foto em seu arquivo e clique em enviar foto
2- Recorte a imagem
3- Escolha a revista (tem algumas opções)
4- Coloque o seu texto no quadro ao lado, mande atualizar o texto
5- Salve a foto com o botão direito do mouse.

Efeitos em fotos




Esse site você coloca várias molduras em suas fotos.


http://www.semfrescura.net/fotoeditor/

1- Escolha a foto em seu arquivo e clique em enviar fotos
2- Recorte a imagem
3- Escolha o tipo de moldura
4- Salve com o botão direito do mouse

Efeitos em fotos

Nesse site a gente encontra uma série de imagens e montagens para colocar no orkut e também montagens com fotos.
Basta clicar no efeito desejado e seguir os passos de cada um dos efeitos.
É muito fácil.


http://www.jellymuffin.com/generators/

Montagem com fotos










Suas fotos num outdoor:

Nesse site você pode fazer alguns:

http://bighugelabs.com/flickr/billboard.php


1- Clique em selecionar foto
2- Escolha o posicionamento da foto (center, top/left, botton/right)
3- Escolha onde quer o seu outdoor (tem algumas opções)
4- Top of billboard text é o texto que aparece no alto
5- Botton of billboartext é o seu anúncio
6- Escolha a cor do texto
7- Clique no quadrinho abaixo
8- Mande criar a imagem
9- Clique com o botão direito do mouse para salvar


Pronto!




Efeitos em fotos




Eu sei que não é muito do feitio desse blog fazer publicações nessa área, mas achei essas dicas tão legais que resolvi dividir com todo mundo.
Primeiro entre nesse site:

http://bighugelabs.com/flickr/hockney.php

1- Clique em procurar foto
2- Em style, escolha uma das duas opções: Polaroid Flames ou flames
3- Backgroud é onde escolhe a cor do fundo
4- Number of Polaroides escolhe o número de fotos desejadas
5- Clique nas últimas opções e mande criar.
6- Clique em Save ou clique com o botão direito e pronto.

sábado, 28 de junho de 2008

Pequenas igrejas, grandes negócios


Aninha era uma mulata alta, bonita, bem feita de corpo, olhos verdes. Uma típica representante da mistura de raças, tipicamente brasileira.
Acontece que Aninha andava com uma gastrite que médico nenhum dava jeito.
Como Aninha tinha a mania mórbida de lanchar no Instituto Médico Legal nos intervalos da faculdade, examinar de perto cada cadáver que chegava e, quando não deixavam ele chegar bem perto, procurava logo a família para saber os detalhes sórdidos da morte do indivíduo, uma amiga atribui suas dores no estomago a uma possível possessão e convidou-a para uma sessão de descarrego em sua igreja.
Embora não acreditasse muito nisso, Aninha já estava cansada de suas indas e vinda ao médico e resolveu aceitar ao convite da colega, mas não sem antes perguntar se poderia levar uma amiga.
Adivinhem quem era essa amiga?
Eu claro.
No dia marcado lá fomos nós para tal igreja.
A primeira mancada que a Aninha deu foi quando o pastor mandou os fiéis falarem com deus em outra língua e ela, estudante do curso de Inglês/ Português, começou a contar em inglês o porquê de sua vinda àquele lugar.
A garota cutucou Aninha dizendo que não era isso, que deveria falar com deus em uma língua que só os dois entendessem.
Nós ficamos observando os grunhidos que as pessoas faziam e, como não entendemos bem como a coisa funcionava, resolvemos ficarmos caladas.
Quando chegou numa determinada hora, a menina se levantou e foi falar com o pastou que logo em seguida pediu para que Aninha se aproximasse.
Assim que Ana subiu ao palco, o pastor lhe passou o microfone e pediu que relatasse o seu problema.
Ana contou seu problema nos mínimos detalhes. Chegou até a falar do seu horário de lanche no Médico Legal.
O pastor pegou de novo o microfone e começou o processo de cura aos berros:
- Senhor essa irmã está sendo consumida pelo demo, mas o senhor a trouxe aqui para ser curada.
E a galera toda junta gritando:
- Amém senhor!
- Mas através de mim senhor, mostra o seu poder e afasta o demônio dessa irmã e faça as suas dores desaparecerem!
Nem bem o pastor terminava a frase vinha a galera:
- Glória em ti senhor!
- Essa irmã chegou aqui com uma dor no estômago que a consumia e com as suas graças será curada. Amém senhor!
E o povo gritando:
- Amém, amém.
Surpreendendo a todos o pastor lançou mão daquela bíblia enorme que fica em cima do altar e bateu com toda força na cabeça de Aninha e perguntou:
- Passou a sua dor?
E Aninha muito mal humorada respondeu:
- Não!
E o pastor repetiu todo o processo por mais 3 vezes até que Aninha cansada de tanto levar com a bíblia na cabeça tomou o microfone da mão do pastor e falou:
- Gente, eu cheguei aqui com uma dor no estômago horrível.
E a galera não podia deixar por menos:
- Amém, amém.
- E a gora estou saindo daqui com uma puta dor de cabeça de tanto levar com essa bíblia enorme nela.
Aninha, muito puta, saiu me puxando pelo braço e dizendo:
- Katia, se falar alguma coisa, apanha.
Eu que tenho 1,50 de altura e não sou boba nem nada, fiquei bem quietinha.
Até hoje a gente conta essa história e ninguém acredita, mas “meninos, eu juro, eu vi”.


quinta-feira, 26 de junho de 2008

As peripécias de Maradona

Maradona é um gatinho que nasceu na casa de uma vizinha. Nascido de uma gata angorá e um gato siamês, uma mistura que não lhe garantiu grande beleza, mas uma docilidade e meiguice infinita.
Como era muito peludo, por causa da sua descendência angorá, não sabíamos se era macho ou fêmea e resolvemos batizá-lo de Madona, porque a qualquer momento poderíamos trocar o nome por Maradona, pois a sonoridade era a mesma.
Quando filhote era um gatinho muito ativo e gostava muito de brincar. Qualquer bolinha de papel servia para que ele começasse a correr pela sala, mas era também um gatinho muito guloso e logo começou a engordar e ficar preguiçoso.
O gato se envolveu em muitas peripécias, mesmo quando ainda se chamava Madona.
Uma vez fui passar o final de semana na casa da minha mãe e Maradadona (mistura de Madona com Maradona) resolveu subir no telhado por um galho de árvore e não conseguiu descer porque começou a chover e ventar e galho desencostou da beira do telhado.
Meu marido, que estava sozinho em casa e só achara uma bermuda tão larga que não podia sequer andar porque caía, começou a ficar preocupado com o desaparecimento do bichinho e começou a chamá-lo pelo nome de Madona.
Maradadona, que nunca foi de miar muito, até para nos poupar de seu miado horripilante que ficaria mais conveniente em um gato da família Adams, a essa altura já tinha desistido de descer por onde subiu e já estava todo encharcado, resolveu miar para mostrar o seu paradeiro.
Meu marido, ouvindo o pedido de socorro do bichano, saiu em seu socorro, porém sem se esquecer de segurar a bermuda para que esta não caísse.
Quando viu que o gatinho se encontrava preso no telhado pegou um caibro e ficou segurando para que ele pudesse descer sem susto.
Lógico que ao soltar a bermuda para segurar o caibro, ela caiu na altura dos joelhos deixando-o de cuecas no quintal.
Foi então que se viu na situação ridícula de estar no meio do quintal, na chuva, de cuecas, olhando para o alto e gritando: - “Vem Madona! Vem, Madona!”
Nunca nenhum gatinho deu tanto trabalho como o Maradadona!!
Como era muito franzino, resolvemos comprar uma ração especial para ele. E ele não se fez de rogado. Comeu até se tornar um gatinho gordo, curioso e preguiçoso.
Justamente por ser curioso e gordo, sempre se metia em confusões.
Noutra feita, o lixo da cozinha começou a aparecer revirado e coloquei a culpa nele, afinal era tão guloso. Apesar de sua gulodice, Maradona tinha um paladar apurado e não entendia porque estava apanham e tendo o seu focinho esfregado em algo tão fedorento.
Uma noite nós ouvimos um barulho na cozinha e corremos para pegar o bichano “com a boca na botija” e demos “com os burros n’água”. Quando chegamos na cozinha tinha apenas um gambá enorme que se assustou com a nossa presença e escondeu o focinho entre as garrafas de cerveja.
Maradona ouviu toda a movimentação na cozinha e na esperança de comer um pouco mais de ração veio correndo para acompanhar a movimentação.
Chegando lá deu de cara com um animal desconhecido e foi aos saltitos dar-lhe as boas vindas.
Maradona quando viu que o gambá era o responsável pelas suas surras matinais, foi na sua direção, enquanto o gambá não entendia como aquela bichona, melhor dizendo aquela bicha felina estava poderia estar tentando lhe perseguir.
Mas, como sua curiosidade acaba toda vez que sacudo o pote de ração, logo voltou para casa.
Passamos dias sem ter uma só preocupação com o Maradona, apesar de achar muito estranho um gato comer os ossos do peito do frango, nenhuma preocupação a mais com o bichano, bichona.
Há uns quinze dias atrás, num sábado de manhã, acordei e abri a porta da frente, já chamando o seu nome.
Para minha surpresa entrou um filhote de gato tão feio que parecia ter sido abandonado por alguma nave espacial.
Lógico que o Maradona estava atrás dele!!
Como se tivesse encontrado o bicho na rua, sentido pena dele estar sem um lugar para se abrigar e o convidado para morar em sua casa. Simples assim.
Eu quando olhei aquele gato com orelhas que mais pareciam de uma lebre, fiquei tão horrorizada que resolvi adotar o gatinho. Também se eu não o fizesse, com aquela aparência, ninguém o faria.
O “estranho”, foi assim que o batizamos, é todo amarelo. Até os olhos!
Mas a última peripécia de Maradona foi sumir.
Anteontem à noite, saiu para dar o seu passeio noturno e fazer as suas necessidades antes de dormir entre os nossos cobertores e não voltou. O detalhe mais sórdido da história é que eu tinha acabado de servir Wiskas Sache de Salmão para ele. Pensar que o bichano tinha virado churrasco recheado de Salmão foi um pensamento nada agradável.
Na manhã seguinte eu o chamei e ele não veio para o desjejum. Fiquei logo preocupada, pois guloso do jeito que é, nunca perdia uma refeição, mas como tinha que trabalhar, fiquei torcendo para encontrá-lo na volta, o que não aconteceu, para o meu desespero.
Hoje pela manhã eu acordei com um frio da peste. Tomei meu banho, lavei a cabeça e, para não ficar resfriada sequei com secador.
Eu já estava saindo para trabalhar quando um amiguinho do meu filho disse que meu gato estava preso num barranco. Barranco? Aquilo era uma pirambeira que as chuva dos últimos dias tinha deixado pior.
Eu não pensei duas vezes e sai no meio de um temporal para ver se era o meu bebê. E pior é que era.
Sai descendo desembestada sem nem mesmo pensar como ia subir.
Quando cheguei lá em baixo, lá estava o Maradona agarrado a uma árvore caída no meio de um riacho. Peguei-o no colo e tentei subir, o que não consegui. Isso tudo depois de pular arame farpado, invadir um sítio.
O garoto que me levou até o Maradona e acompanhava toda minha epopéia, foi até a entrada do condomínio falar com um porteiro, que criava cavalos, para pegar uma corda para me resgatar.
Apesar dos meus 45 quilos, foi preciso 3 homens para me puxar!
Quando cheguei em casa não sabia se estava com mais ódio do gato ou de mim.
Dei um banho de “esfrega” no bichano com shampoo e creme condicionador, tomei meu banho e fui trabalhar. Nem precisa dizer que nada mais deu certo: Peguei a condução errada, desci no lugar errado, tive que andar dois pontos debaixo de temporal, o cliente em que ia, já tinha saído.
Eu não pensei duas vezes: Desisti de trabalhar e parei num veterinário para marcar a castração do bichano, pois fiquei sabendo que se o animal for castrado deixa de sair para a rua.
Com certeza a castração é a melhor solução.
Já pensaram nos lugares mais sórdidos em que eu possa a ter que resgatar esse gato?
Prefiro nem pensar.
Enquanto o dia da castração não chega, Maradona está em cárcere privado, sem direito a nem uma voltinha no quintal, se bem que depois do susto ele nem coloca a cara nem na janela e se percebe algum movimento estranho se mete em baixo da cama.
Já pensou se ele tem que tomar outro banho de escovinha e ser secado com secador?
Ele mesmo prefere não arriscar.

domingo, 22 de junho de 2008

A velha Ludovina


Ludovina era uma daquelas velhas chatas que não faz nada sozinha. Vive infernizando os filhos para que lhe sirvam as coisas na mão.
Passa o dia inteiro gritando com um e com outro:
- Ana! Estou com fome!
- Rita! Estou com sede!
Mas tem uma coisa que Ludovina sabe fazer muito bem: Passa o dia inteiro com uma vassoura na mão varrendo a calçada e tomando conta da vida dos outros.
Como faz muito pouco de sua vida, resolveu adotar um pé de Jamelão abandonado no terreno do vizinho. Rega e cuida da maldita árvore como se fosse a mais rara desse mundo.
O fato é que meu filho adora essas malditas dessas frutinhas que não vende em lugar algum e vive dependurado nas árvores para comer e ficar com a língua azul.
Já fiz de tudo para ele abandonar esse vício, mas não adianta. É só chegar a época de férias e as frutas começarem a amadurecerem que lá está ele pendurado em uma árvore.
O fato é que o pé de Jamelão que Ludovina cuida dá as maiores frutas do condomínio. Ela não colhe, mas também não deixa ninguém chegar perto. Quer que as frutas apodreçam, mas não pode pegar.
Eu dava aulas o dia inteiro e não tinha muito tempo para essas pequenas coisas.
Entre o turno da manhã e o da tarde, eu passava em casa para almoçar correndo e dar comida para meu filho, mas era tudo calculado segundo por segundo, se algo desse errado, estava o resto do dia ia mal.
Num daqueles dias em que tudo dá errado, eu cheguei em casa atrasada porque o ônibus não passou no horário e, para minha surpresa, meu filho não estava em casa. Foi nesse dia que Ludovina resolveu estragar ainda mais o meu dia.
Escutei uma pessoa aplaudindo insistentemente no meu portão e fui atender achando que era algum recado do meu menino e larguei a comida no fogo para atender.
Quando eu cheguei ao portão a velha foi logo vomitando as palavras com a sua boca mole: “Seu filho está falando palavrões na minha porta”.
Afinal, uma notícia sobre o paradeiro do meu menino. Pensei que poderia usar essa informação para trazer meu menino para casa. Então, falei para ela: Já que ele está na sua porta, manda ele vir para a casa que eu resolvo com ele.
Virei as costas e corri para a comida que estava queimando no fogão.
Pensei que Ludovina boca mole demoraria pelo menos uns 10 minutos até ir ao final do condomínio, provavelmente eu já teria ido embora, quando meu filho viesse para casa, mas...
Nem bem eu desliguei o fogo os aplausos voltaram a ser ouvido no portão.
Pensei que era uma outra pessoa com mais uma reclamação do meu filho, mas, para minha surpresa era Ludovina.
Com certeza aquela velha não tinha ido até o final da rua sequer para voltar tão rápido!
Mais uma vez ela vomitou a frase: “Seu filho está falando palavrão na minha porta!”
Eu sabia que o que ela queria, na verdade que eu a acompanhasse, pouco importava para ela a minha vida ou o que eu tinha para fazer naquele momento, afinal, ela estava tão acostumada a mandar e todos obedecerem.
Como eu não estava disposta a me submeter aos caprichos de uma velha rabugenta, repeti a mesma frase de antes, porém, sem a mesma paciência de antes.
Também fiquei acompanhando para ver se ela chegava pelo menos até o final da rua e ela foi se arrastando pela rua. Até desaparecer por completo.
Entrei já na captura da minha bolsa, pois a essa altura já tinha perdido o ônibus e chegaria atrasada. Foi quando ouvi de novo os aplausos no portão.
Já com a bolsa pendurada no ombro e as chaves na mão fui atender a velha, dessa vez porque estava no meu caminho.
A velha se virou e ganiu:
- Seu filho está falando palavrão na minha porta.
Num ataque de loucura, por estar atrasada, por não ter conseguido tirar o meu atraso em casa pelas inúmeras interrupções de uma velha que não tem o que fazer além de perturbar as pessoas que têm o que fazer, eu falei calmamente:
- Porra, puta que pariu, caralho! Eu já falei para esse moleque não falar palavrão!
A velha me olhou com aquela cara de espanto e de quem não acredita seriamente no está ouvindo e sai sem dizer mais nem uma palavra.
Nem precisa dizer que a minha má fama correu pelas ruas do condomínio, mas, pelo menos, não perturbou mais o meu filho, pois, para ela ele passou em fração de segundo de acusado à vítima.
O coitadinho era criado por uma mãe desbocada e não poderia falar de outra maneira e apenas Jesus poderia trazer a ele algum conforto.
Claro que a minha intenção não era essa, mas me saiu melhor do que a encomenda, já que ninguém mais veio até a minha porta reclamar do meu filho com medo de ouvir uns palavrões. E todas as vezes que alguém arruma qualquer confusão com meu filho a velha Ludovina parte em sua defesa dizendo ser o coitadinho filho de um lar desestruturado e que não conhece Jesus!
E tudo isso aconteceu sem eu precisar mandá-la Tomar do cu!

Dona Maria Lúcia




Quando mudamos para nossa casa, (digo nossa porque até então morávamos de aluguel), nosso filho estranhou muito a mudança de clima e ficava doente sistematicamente.
Numa dessas andanças de madrugada para levá-lo ao médico fui abordada por uma mãe que, muito preocupada com o estado do meu garoto, veio perguntar qual era o problema dele e eu disse que era asma.
A mocinha então veio me pedir o endereço para mandar a tia com um remédio, do tipo simpatia, para mim. Eu não acredito muito nessa história de simpatia, mas pela pouca idade da jovem e pela boa vontade resolvi dar o meu endereço para ela.
O tempo se passou e ninguém apareceu na minha casa, o que eu julguei ser normal, pois muitas vezes falamos coisas para sermos simpáticos com os outros, não significa que iremos realmente fazer.
Numa tarde fria uma senhorinha, bem pequenina bate a minha porta com o papel onde dei o endereço para a menina numa das mãos e dois embrulhos de papel toalha na outra.
Ela se apresentou e foi dizendo logo o que deveria fazer com cada um dos pacotinhos e foi se despedindo perguntei se deveria pagar alguma coisa e ela foi me dizendo que não, que essas coisas não se cobra e dizendo que na próxima lua minguante traria mais do remédio.
Na lua minguante lá estava a insistente senhora com seus pacotinhos na mão.
Dessa vez eu tinha que fazer algo para ela.
Perguntei de onde ela vinha se era muito longe, se queria dinheiro para a condução e ela disse que morava perto, que tinha vindo a pé e mais uma vez se negou a receber qualquer centavo que fosse de mim. Então ligamos o carro e fomos levá-la em casa.
Quando fomos levá-la em casa descobrimos que aquela senhora andava e muito até chegar até a nossa casa e mesmo assim se negava a receber dinheiro para voltar para casa.
Naquele momento eu percebi que estava diante de uma criatura ímpar, sem igual.
Ao longo do “tratamento” do meu filho fomos criando uma certa intimidade com aquela pessoinha tão linda.
Dona Maria Lúcia, ou Lúcia, como gostava de ser chamada era caseira em um sítio onde o proprietário mantinha um centro espírita (de onde vinha o remédio) e recebia meio salário mínimo para tomar conta e fazer todo serviço da casa. Fazia uns bicos por fora para sustentar 3 netos de uma filha desmiolada que sumira no mundo deixando seus rebentos para ela criar.
Era muito agradável quando ela vinha com o remedinho nas mãos e íamos levá-la em casa.
Nunca aceitou qualquer ajuda financeira para isso, mas se ofereceu para lavar e passar minha roupa por 1,00 a peça, seja ela qual fosse!
As roupas chegavam branquinhas e cheirosas como só a minha avó sabia fazer!
Ela usava folhas de lavanda na última enxaguada para dar aquele perfume inigualável!
Com as roupas eu tinha mais tempo para conversar com aquela pessoa de andar lento e de uma doçura na voz que mesmo as agruras da vida não conseguiu contaminar.
Era de uma sabedoria infinita, embora não soubesse nem mesmo escrever o seu nome (andava com papeizinhos com o endereço de onde deveria ir para perguntar às pessoas) e tinha uma disposição invejável para trabalhar. Andava quilômetros com suas trouxinhas de roupas na cabeça e como era pequenininha!
Durante sete luas minguantes Dona Lúcia trouxe o remedinho para meu filho e durante todo esse tempo tivemos uma relação muito prazerosa.
Sempre fiz o chá para meu filho segundo as suas recomendações sem questionar, sem tirar do pacotinho, afinal, uma pessoa tão bonita não poderia estar querendo fazer mal ao meu garoto, mas sempre fiquei intrigada com seu conteúdo e perguntava para ela, que sempre me dava a mesma resposta: Eu não sei. Quem faz é meu patrão e como ele me entrega eu passo para você.
Na última das sete luas minguantes, eu não resisti e abri para ver o que tinha dentro e tomei o maior susto da minha vida. Os pacotinhos na verdade eram recheados de dormideiras!
Isso mesmo! Dormideiras. Aquelas plantinhas que a gente encontra pelo mato e que se fecha e que na década de 70 o pessoal se drogava com ela.
Devia ter todo um ritual antes daquilo chegar até a minha casa, mas era o que menos me importava naquele momento. A verdade era que durante 6 luas minguantes eu tinha drogado meu filho sem saber.
Perguntei ao meu marido o que deveria fazer ele me respondeu que se ele já tinha tomado 6 vezes e não tinha feito mal, não seria agora que faria.
Certamente nada adiantaria falar com a Dona Lúcia sobre o remédio ou falar que na década de 70 as pessoas se drogavam com aquilo, pois provavelmente nessa época estava em algum sítio longe de todo esse agito e jamais ouvira falar sobre o assunto.
Naquele momento entendi porque dava o remedinho para meu filho e ele dormia o sonho dos anjos. Era chá de dormideira e, como o nome já diz, faz dormir. Nunca tive coragem para pesquisar as aplicações terapêuticas do chá e nunca mais espero ter que usá-las, mas a verdade é que a asma do meu filho desapareceu, a planta onde enterrava os saquinhos morreu e não se falou mais sobre o assunto, até porque eu não recomendaria o tratamento para alguma outra mãe desavisada.
O tempo se passou, meu filho cresceu, os netos dela também, mas até hoje quando a encontro na rua faço questão de abraçar e beijar essa pessoa tão linda que passou pela minha vida.




sexta-feira, 20 de junho de 2008

Ânima


Queria gritar bem alto para o mundo,
Acordar multidões.
Tentar por um instante trazer à tona corações
Afundados em poços de lama escurecida pelo rancor.


Queria colocar o brilho do sol
Nos olhos das crianças
Que vagam a esmo sem sonhos ou esperanças.
Queria de volta o país do amanhã.


Eu mesma vago sem rumo pelas ruas
Como se quisesse encontrar a luz
Como se as trevas tomassem os corações
E encontrasse apenas corpos,
Não almas.


Vagando, vivendo; vivendo e vagando,
Não consigo mais saber.


Queria bem alto gritar
E que meu grito se transformasse em alento, afeto
E o meu corpo se transformasse em luz, em caminho
E que as pessoas pudessem ouvir
E que todos pudessem sonhar.

Casa no Campo (parte 8010?)


Hoje, após me deparar frente a frente com um gambá que estava no meio da minha cozinha, cheguei à conclusão de que preciso urgentemente ir a uma sessão espírita.
Com certeza! Preciso invocar o espírito da Elis Regina e perguntar se ela cantava Casa no Campo por convicção ou sonho.
Com alguns versos eu até concordo. Veja esse, por exemplo: “E tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais”.
Tenho que concordar com esse verso, pois se algum amigo aparecer para te visitar é porque é amigo de verdade, afinal quem quer se deslocar quilômetros para fazer uma visita?
Mas voltando ao gambá... Eu não sei quem estava mais assustado: o gambá mendigo ou eu, pois a última vez que um gambá entrou em nossa casa quebrou o dedo do meu marido, que tropeçou fugindo do bicho.
O bicho estava entrando sistematicamente na minha casa todas as noites para revirar o lixo e não era incomodado e de uma hora para outra se vê diante de uma multidão. Ficou totalmente desconsolado e escondeu a cabeça em uma pilha de garrafas de cerveja, deixando o corpo de fora.
O meu gato, que apanhava todos os dias pela manhã por causa do lixo revirado, se sentiu vingado e saiu aos saltitos atrás do roedor. Parecia até uma bicha felina de tanta felicidade. Enfim, estaria vingado!
Porém sua curiosidade durou o tempo de eu sacudir o pote de ração e trazê-lo de volta.
Para evitar outros maus entendidos, resolvi entrar em acordo com o gambá: Deixo um pouco de resto de comida todos os dias do lado de fora e ele não invade mais a minha cozinha, afinal, descobri não ser um gambá, mas uma gambá que descobriu que ter a sua cria embaixo das minhas telhas era mais confortável do que ao relento.
Esse não é o primeiro problema e nem será o último que uma pessoa extremamente urbana como eu, criada em apartamento e em casas cimentadas até o teto irá enfrentar, com certeza não.
Outro dia ainda me lembrei de outro verso da música: “Eu quero carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim”.
Acordei em plena manhã de domingo ouvindo um béééééééé tonitruante. O bode e as cabras do vizinho escaparam e estavam devorando tudo em meu jardim. Nem o Bouganville escapou e olha que o bicho tem tanto espinho que eu xingava até a minha 5ª geração quando tinha que podar. Eu disse tinha porque eles mastigaram tanto que dificilmente voltará a brotar.
E pastavam soberanos porque estavam bem guardados por um bode preto que parecia ter saído do inferno, tamanha a gana que teve em me dar uma corrida.
E as reuniões de família? Ah! Essas tem um sabor todo especial. A gente se reúne na varanda dos fundos e, como a música alta confunde os radares dos morcegos a gente corre o risco de tomar uma morcegada pela cara. Eu já até desenvolvi uma técnica toda especial de deixar para abaixar quando eles estão bem perto e só levantar quando tenho a certeza que tomaram outros rumos. Isso a música não fala.
Mas se tem uma coisa de que posso me orgulhar é que, apesar de ter mosquitos de todas as espécies e cores (tem até azulado), aqui não teve um só caso de dengue! Com certeza os milhares de sapos, rãs, louva-deus, que se alimentam com larvas que se desenvolvem em água parada ficaram muito mais gordinhos nesse verão.
A sapaiada é um capítulo à parte nessa minha Odisséia, pois a primeira noite após cessarem as chuvas ouve-se a cantoria de longe!
Seria até bucólico, não fossem as cobras que vem atrás da cantoria. ‘Inda outro dia ouvi um sapo fazendo um barulho muito estranho e fui no mato olhar e vi que estava sendo estrangulado por uma cobra muito pouco simpática.
Um outro animal que merece um parágrafo na minha Epopéia é o Mico da Cara Preta ou seja lá como o Globo Repórter o denominou. A verdade é que vi a reportagem dizendo que o bicho estava em extinção e eu achei interessante que no Jamelão atrás da minha casa tivesse pelo menos uns vinte. Achava tão bonitinho os assovios que faziam para se comunicar, achei até que eram amistosos. O pior é que eram, até o dia que começaram a roubar garfos, facas e colheres na minha casa.
Não sei se foram eles que deixaram de ser amistosos ou eu, só sei que se eles estava em extinção eu não sei, mas se continuassem a roubar em minha casa certamente estariam extintos.
Outro animal que merece um parágrafo especial na minha Tragédia é o Quero-quero. Eu não entendo porquê um passarinho não gosta de voar. Ele ensaia um pequeno vôo e depois começa a andar aos pulinhos.
O principal problema desses passarinhos é fazer os seus ninhos no chão da pracinha e a tal pracinha ser caminho de passagem para todos que querem sair do condomínio. Todos que passam pelas ruas representam uma ameaça para seus ninhos. Sem contar a garotada que quer jogar bola no campinho e leva com uma bicada de Quero-Quero pela cabeça.
Ainda bem que para o meu consolo os autores da música ainda estão vivos para ouvirem as minhas queixas, pois me sentiria totalmente desolada se eu não pudesse chamar ninguém de mentiroso.
Com certeza morar numa casa no campo não é tão ruim assim, desde que todos os animais medonhos e insuportáveis estejam em extinção.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

O caso Nardoni e a comoção social




Todas as vezes que acontece uma tragédia dessa proporção eu prefiro me colocar numa confortável posição de distanciamento. Entretanto a tv não nos deixa esquecer um só minuto do caso. A toda hora nos chegam mais notícias sobre o andamento do caso.
Pensar que uma criança caiu no sexto andar de prédio já é comovente, mas pensar que essa criança foi jogada por uma janela que tinha tela de proteção é ainda mais difícil de aceitar.
Eu não sou da polícia, as notícias que me chegam são apenas as repassadas pela imprensa e não estou julgando ninguém. O fato é que até o momento não se conseguiu provar que havia uma outra pessoa no apartamento além do pai e da madrasta da menina Isabela e esse fato causa mais indignação e comoção na população em geral, pois destrói uma das mais antigas instituições, que é a instituição familiar.
Há bem pouco tempo tivemos o caso do menino João Hélio que foi arrastado pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro por mais de 6 km. A principal diferença da reação da população perante os dois casos se dá pelo fato dos pais do menino estarem isentos de responsabilidade no acontecido. A população se revoltou? Sim, mas não se pode esperar piedade e benevolência de uma pessoa à margem da sociedade.
No caso Isabela Nardoni é certo que os familiares ou alguém bem próxima à família está envolvido. Imaginar que um pai ou um parente possa fazer mal a uma criança é uma coisa, ter a visualização desse fato a cada ½ hora nos noticiários é outra completamente diferente. A sociedade olha para esse casal como um câncer que deve ser extirpado.
Um receio sobre o futuro da instituição familiar tomou conta de um país inteiro.
Alguns podem argumentar que, nos dias atuais, morre muito mais crianças de dengue ou em conflitos entre bandidos nas favelas e não tem a repercussão que o caso Isabela Nardoni teve nos telejornais em geral, porém, a morte da menina foi mais do que um caso de violência envolvendo criança foi a morte dos valores familiares. Não morreu apenas uma criança, morreu algo dentro de cada um de nós.
Quem não assiste às reportagens com um nó na garganta e não se lembra dos seus 6 anos de idade?
Quem é que não imagina que aquela criança confiava naqueles que deveriam protegê-la?
Isso tudo nos causa muita angústia e desolação.
Alguns dizem não enxergar diferença entre o sujeito que atira uma pedra no carro do casal e os acusados, mas eu entendo e vejo uma diferença enorme. E, para alguns, a pessoa que atirou aquela pedra pode ser até considerado como um herói, pois, na sua mente, estava atacando um monstro comparado a um dragão da idade média ou um gigante das histórias Gregas. Uma pessoa com um pouco mais de discernimento não toma esse tipo de atitude, sofre calada.
Eu sou uma pessoa que sempre gostou de acompanhar casos de investigação seja em filmes, livros ou pela tv. Também sou uma pessoa que gosta muito de filmes à margem, como os de terror e teci algumas teorias sobre o caso. Acho que todos fizeram o mesmo.
O que nos parece mais óbvio é que o pai e a madrasta cometeram o crime, mas para que leu durante muito tempo Agatha Christie sabe que nem sempre o que está óbvio é a verdade.
Tentei analisar friamente todos os passos que a imprensa ia revelando e confesso que hoje eu me sinto mais perdida do que no dia em que vi aquela criança caída naquele jardim.
Eu não posso e não quero acreditar que o pai e a madrasta cometeram uma atrocidade dessas. Seria o mesmo que acreditar em pessoas totalmente destituídas de sentimentos.
O que estão querendo que eu acredite é que enforcaram uma criança até ela perder os sentidos, cortaram a grade de segurança e jogaram uma criança como se fosse um saco de lixo.
A cada nova evidência eu torcia para que apontasse para uma pessoa estranha que tivesse invadido o apartamento, mas todas as provas só levavam ao casal Nardoni.
Eu perdi toda a minha crença no ser humano com o assassinato da menina Isabela. Quero muito acreditar que foi um acidente. Que a menina se viu sozinha no apartamento, subiu na cama, cortou a grade para poder olhar melhor e caiu da janela.
Preferia acreditar que algo sobrenatural aconteceu e que um fantasma, um ET, jogou a menina pela janela.
Gostaria que as pessoas olhassem esse caso com muito cuidado para esse caso e não condenassem antes de terem realmente certeza de que essa atrocidade que todos imaginam,, pois acreditar seria como acreditar no fim da humanidade.
O casal foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.
Triste pensar que quem deveria proteger, foi o algoz de Isabela.
Espero que a paz consiga alcançar todos que, como eu, realmente espera que uma solução mágica caia do céu e que a gente possa a voltar a confiar em nossa família, pois ela é a base de da nossa vida. Quando não pudermos mais contar mais com a família, não teremos mais nada em que confiar.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Bruxas


Ouça agora a palavra das Bruxas,os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino,e que agora à luz nós trazemos.
Conhecendo a essência profunda,dos mistérios da Água e do Fogo,
E da Terra e do Ar que circunda,Manteve silêncio o nosso povo.
O eterno renascimento da Natureza,a passagem do Inverno e da Primavera,
Compartilhamos com o Universo da vida,que num Círculo Mágico se alegra.
Quatro vezes por ano somos vistas,no retorno dos grandes Sabbats,No antigo Halloween e em Beltane, ou dançando em Imbolc e Lammas.
Dia e noite em tempo iguais vão estar,ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez, Bruxas a festejar,Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar.
Treze Luas de prata cada ano tem,e treze são os Covens também,
Treze vezes dançar nos Esbaths com alegria,para saudar a cada precioso ano e dia.
De um século à outro persiste o poder,Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,desde o princípio de todo o passado.
Quando o círculo mágico for desenhado, do poder conferido a algum instrumento,
Seu compasso será a união entre os mundos,na terra das sombras daquele momento.
O mundo comum não deve saber,e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos Deuses se faz conhecer,e a grande Magia ali se realizará.
Na Natureza, são dois os poderes,com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dos os pilares,que protegem e guardam a entrada.
E fazer o que queres será o desafio,como amar a um amor que a ninguém vá magoar,essa única regra seguimos à fio, para a Magia dos antigos se manifestar.
Oito palavras o credo das Bruxas enseja:sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja.

domingo, 6 de abril de 2008

Restaurante Popular




Restaurante Popular: Mais uma forma de ludibriar a população




Vejam o que diz o Ministério Público em Site Oficial:








“Restaurantes Populares são Unidades de Alimentação e Nutrição destinadas ao preparo e à comercialização de refeições saudáveis, oferecidas a preços acessíveis à população, localizadas preferencialmente em grandes centros urbanos de cidades com mais de 100 mil habitantes. O público beneficiário dos restaurantes é formado por trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional. O MDS apóia a instalação de Restaurantes Populares através do financiamento de projetos de construção, reforma e adaptação de instalações prediais, aquisição de equipamentos permanentes, móveis e utensílios novos.”




As refeições são servidas a um preço simbólico de R$ 1,00. O trabalhador paga R$ 1,00 e o governo subsidia o preço real da refeição, que não sabemos qual é, mas podemos imaginar. Realmente, quando foi inaugurado em 2006, o Restaurante Popular Getúlio Vargas em Bangu, Rio de Janeiro era de uma qualidade impressionante.
Quando meu marido chegou em casa comentando eu realmente duvidei que algo feito para atender ao povão pudesse ser feito com tanto esmero e fui eu mesma conferir. Com certeza a comida servida lá era melhor do que muitos restaurantes que cobravam sete ou dez vezes mais.
As filas davam voltas, pois todos apreciavam o excelente tempero e o cardápio sempre muito bem balanceado.
Eu até me senti gente! Parecia realmente que alguém havia pensado no pobre do trabalhador que ganha o salário mínimo e mal dava para se alimentar de marmita. Alguém tinha se lembrado do aposentado, dos abandonados, dos excluídos.
As refeições eram compostas de sopa, arroz, feijão, uma carne, uma salada, um pão, um suco e uma sobremesa. Tudo muito bem preparado.
A comida não deixava em nada a desejar a qualquer outro que se destinasse a atender ao trabalhador.
A empresa que administrava o restaurante fazia um trabalho primoroso!
Comi algumas vezes lá e nunca me arrependi, sempre tinha algo gostoso no cardápio.
Quando inauguraram o Restaurante Popular em Campo Grande, todos ficaram na expectativa de que este superasse o de Bangu, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. A comida servida em Campo Grande era realmente o que se esperava de um Restaurante Popular: de baixíssima qualidade!
O cardápio do restaurante, que promete ser balanceado incluiu, entre outras barbaridades, salsicha!
Me digam o nome do nutricionista que incluiu salsicha numa refeição balanceada que procuro a faculdade onde comprou o seu diploma!
Outro dia fui comer lá e observei que a refeição estava realmente bem balanceada, pois tinha Angu à Baiana, salada de repolho e de sobremesa melancia. Qualquer pessoa com um pouco mais de idade que comesse a refeição poderia ter uma indigestão. Lógico que havia uma segunda opção: salsicha.
Eu não sei muito bem o que se passa com esse nutricionista, mas eu gostaria que ele me explicasse quais são as proteínas e vitaminas presentes na salsicha para que ela faça parte constantemente do cardápio do restaurante. De repente são salsichas especiais, acrescidas de vitaminas, cálcio e ferro, vai saber.
Coisas muito comuns de se encontrar no tal Restaurante Popular de Campo Grande também é a lingüiça de churrasco, o hambúrguer cozido com molho e a omelete de queijo. Como podem ver tudo muito saudável e balanceado. Não podemos esquecer a carne moída de aspecto sombrio, parecendo ração de cachorro moída.
Se colocam alho no feijão eu não sei, mas a casca dele eu encontrei todas as vezes que lá comi
As sopas têm um aspecto tenebroso e quase sempre são engrossadas com fubá!
Lógico que as longas filas do restaurante foram diminuindo e sumiram. E o restaurante passou a ser freqüentado apenas pelos que não têm realmente outra opção.
Eu continuava sonhando com aquele restaurante em Bangu, onde a comida era bem preparada em respeito ao trabalhador.
Pois bem, outro dia fui trabalhar em Bangu e fiz questão de comer no Restaurante Popular de lá.
Quando cheguei e vi que não tinha fila eu tomei um susto, mas como chovia muito, atribuí a falta de gente à chuva que caía, mas quando entrei no restaurante a minha surpresa foi ainda maior, pois o cardápio era composto de lingüiça de churrasco ou carne moída.
Isso fatalmente aconteceria mais cedo ou mais tarde, pois se uma empresa recebe o mesmo valor do governo e oferece refeições de qualidade, enquanto outra coloca qualquer coisa no cardápio e ninguém reclama, tem um lucro menor.
Ninguém vai obrigar a empresa que administra o Restaurante Popular de Campo Grande a oferecer refeições realmente dignas, até porque a pessoa que a contratou não almoça lá, então a empresa que administra o restaurante de Bangu resolveu se nivelar por ela, o que eu acho uma vergonha.
Quando as pessoas comiam em Bangu eu percebia que se sentiam felizes, satisfeitos e hoje vão lá apenas para “matar a fome”.
O trabalhador não quer “matar a fome” quer ser respeitado. Até porque essa refeição não está custando R$ 1,00. Esse preço é, como eu disse, simbólico. O governo paga por ela o preço de uma refeição normal. E o governo paga essas refeições com o dinheiro dos nossos impostos, que não são poucos.
Se o trabalhador era respeitado antes, não vejo porque agora tenha que ser tratado como gado!
Realmente gostaria que esse meu grito solitário. Não fosse mais um grito que se perde no tempo e no espaço e que apenas uma autoridade resolvesse fazer uma visita a um restaurante desses e tentasse comer a comida servida lá, aliás, como fez a Governadora Rosinha Garotinho em 2006, mas nesse ano ainda se podia comer lá sem susto. Como é que em apenas 2 anos a coisa piorou tanto?
O pior de tudo é o cardápio publicado nos grandes jornais locais! Se não fosse trágico, seria cômico. Na época próxima ao Natal anunciaram que seria servida uma mini ceia com direito a pannetone de sobremesa e eu estava lá e eles serviram almôndega e lingüiça de churrasco. Quem lê os jornais realmente acredita que o trabalhador está se alimentando com altíssima qualidade, o que não é verdade.
Certamente, quem envia o cardápio para os jornais são as empresas que comandam o “negócio”, estando os jornais isentos de culpa.
Pior do que servir comida ruim, recebendo por comida boa é enganar a população em geral, inclusive os meios de comunicação que deveriam servir para informar a população com fatos verídicos e não com engodos criados por pessoas gananciosas e inescrupulosas.



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