segunda-feira, 19 de julho de 2010

O que te irrita?

Eu não sou a pessoa mais bem humorada que eu conheço, mas eu tenho tentado manter minha ira cantando mantras e respirando beeeeeeeeeeeeem fundo!




Tem horas que tenho que falar para mim mesma: “Respira, respira, respira...”


Uma das coisas que mais me irritam é quando estou atribulada com algum problema real e alguém me aparece com uma solução mágica: “Confia em deus que tudo vai dar certo!”


Se tem alguma pessoa da família doente, confia em deus que ele vai melhorar.


Se a pessoa morre foi porque deus quis assim.


Outra coisa que me deixa irritada é ficar esperando para ser atendida em um consultório médico. A gente marca a consulta, chega antes do horário para preencher as fichas, pagar a consulta e nunca é atendido na hora marcada!


Até o começo desse ano éramos sócios de um parque aquático. Todos os sábados eu saía do meu curso e ia para lá para ser torturada por milhares de criancinhas mal educadas que, embora não soubessem nadar, só queriam pular no lado mais fundo da piscina.


Quando eu estava fora da piscina elas me molhavam inteira cada vez que pulavam e, se estava dentro da piscina, sempre tinha uma pedindo licença para continuar a sua caminhada agarrada na borda.


Isso era realmente muito relaxante!


Sem contar que criança não sabe falar baixo e nem andar calmamente, sempre tem uma correndo e esbarrando em você quando resolve se aventurar a ir ao banheiro.


Eu sou da opinião que criança deveria ficar congelada em um tanque igual aquele seriado Kyle xy. Quando elas tivessem idade para não gritar, correr ou encher a paciência de mais ninguém sairiam do tanque já desenvolvidas e com capacidade para aprender as coisas com extrema facilidade, apenas lendo livros ou consultando a internet.


Depois de ser torturada durante 4 anos freqüentando o tal parque aquático, decidimos que ficávamos muito presos a ele e resolvemos cancelar nosso título e nos aventuramos por horizontes diferentes.


No sábado retrasado, meu marido escolheu me levar para conhecer uma praia muito agradável: Barra de Guaratiba.


Lógico que planejou tudo em segredo, achando que ia me fazer a maior surpresa do ano.


Gente, eu gosto de morar perto da praia, não significa que eu goste de praia. Gosto do cheiro do mar ao final da tarde.


Depois de pegar alguns minutos de uma estradazinha muito agradável, cheia de curvas e de buracos, chegamos até a tal praia com uma estreita faixa de areia onde a maré subia e começava a tomar conta de tudo. Fazia um frio quase suportável e ventava o suficiente para eu saber que não comeria nada que não viesse temperado com areia.


A praia era menor que o quintal da minha casa e ficava menor a cada minuto que passava, pois o mar pretendia invadir tudo muito em breve.


Lógico que com tanto o que ver e tanta coisa para me distrair, logo fiquei irritada, mas, pelo menos o tempo estava ruim e não tinha aquele monte de criancinha irritante.


Pode até ser que tivesse mais praia se eu tivesse subido nas pedras, onde o mar batia revolto e tivesse caminhado pelo caminho escorregadio e propício a um acidente. Talvez se eu tivesse me aventurado no meio do mato a uma caminhada repleta de todo tipo de inseto desconhecido, subindo e descendo morros, pudesse ter aproveitado melhor a paisagem, mas se eu tiver que passar por tantas provações por um segundo de diversão, prefiro ficar em casa e entrar na internet. Pelo menos conheço os locais sem sair toda picada de pernilongos.


Nesse sábado, a chuva e o mau tempo nos impediram de sair, o que de certa forma me deixou aliviada, pois não ir ao clube é um alívio, mas também é como andar em uma montanha russa, pois nunca sei qual será o próximo lugar maravilhoso que irei conhecer.


Nessa quarta-feira é aniversário de meu marido e, por medo do que está por vir, já perguntei o que ele pretende fazer. Normalmente ele nos leva para almoçar em algum lugar onde servem um montão de massas calóricas ou carnes gordurosas, mas parece que este ano preferiu escolher um restaurante onde tem tudo que ele mais ama comer (calorias) e também tem a minha salada e o meu peixinho magro.


Também não terei que me aventurar em nenhum restaurante desconhecido que ele está morrendo de vontade de experimentar. Porque se tem uma coisa que me irrita profundamente é comer em um lugar que eu não conheço.

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