sábado, 8 de março de 2008

O cinema brasileiro




O cinema brasileiro




Podemos dizer que o cinema brasileiro passou a existir mesmo à partir da década de 90. De primeiro, todas as vezes que se ouvia falar em filme nacional, era o mesmo que falar de pornografia nacional.
Diferentemente do teatro e da televisão brasileira que sempre fizeram superproduções, o cinema brasileiro parecia ter uma predileção por chanchadas e pornografias.
Esse cenário começou a mudar graças ao pioneirismo de autores como Cacá Diegues. Cacá Diegues começou a mostrar temas cotidianos e a fazer com que o cinema brasileiro começasse a ser respeitado.
Eu confesso que demorei algum tempo para “aceitar” os filmes nacionais, mas aos poucos fui percebendo que as produções estavam cada vez mais primorosas e realmente preocupadas em conquistar o público brasileiro.
Posso dizer que hoje sou fã de carteirinha do cinema nacional, pois é bem mais interessante ver nas telas a nossa terra e a nossa gente do que um bang-bang importado.
Tem um filme em especial que me fez cair de amores pelo cinema nacional: A Partilha de Miguel Falabella. Aliás o filme já tinha sido encenado no teatro, mas como moro na roça não pude ver.
Para mim, até um tema batidinho como a troca de corpos entre duas pessoas fica especial com as caras e as cores de nossa bandeira, como é o caso de “Se eu fosse você”.
E o talento que os nossos atores têm para fazer comédia!
Afirmo com todas as letras que “Trair e coçar é só começar” e “Muito gelo e dois dedos de água” são melhores que qualquer comédia que já tenha visto na vida!
Segunda, dia 03/03, a Tela Quente exibiu um filme que tem um similar nacional, que aliás tem no papel principal nada mais nada menos do que Antonio Fagundes.
Quem parece não perceber o quanto o cinema nacional evoluiu são os donos de locadoras, pois é muito difícil de encontrar em suas prateleiras.
Também não podemos culpá-los totalmente, pois os filmes idiotas de aventura e ação saem das prateleiras com maior facilidade, pois não precisa pensar para entender, quando tem o que se entender...
Se pensarmos bem não é se estranhar, pois quando uma pessoa declara em rede nacional que “Graças a Deus nunca teve o hábito de ler um livro”!
Melhor mesmo é abastecer a locadora com filmes que tenham bastante tiro, lutas e pouco enredo, senão corre o risco de falir, afinal num país onde o programa de maior audiência é o Big Brother não poderia ser diferente.
Mas, enquanto existir Miguel Falabella que consegue falar do inteligente o simples, o cinema nacional estará a salvo.

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