domingo, 6 de abril de 2008

Restaurante Popular




Restaurante Popular: Mais uma forma de ludibriar a população




Vejam o que diz o Ministério Público em Site Oficial:








“Restaurantes Populares são Unidades de Alimentação e Nutrição destinadas ao preparo e à comercialização de refeições saudáveis, oferecidas a preços acessíveis à população, localizadas preferencialmente em grandes centros urbanos de cidades com mais de 100 mil habitantes. O público beneficiário dos restaurantes é formado por trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional. O MDS apóia a instalação de Restaurantes Populares através do financiamento de projetos de construção, reforma e adaptação de instalações prediais, aquisição de equipamentos permanentes, móveis e utensílios novos.”




As refeições são servidas a um preço simbólico de R$ 1,00. O trabalhador paga R$ 1,00 e o governo subsidia o preço real da refeição, que não sabemos qual é, mas podemos imaginar. Realmente, quando foi inaugurado em 2006, o Restaurante Popular Getúlio Vargas em Bangu, Rio de Janeiro era de uma qualidade impressionante.
Quando meu marido chegou em casa comentando eu realmente duvidei que algo feito para atender ao povão pudesse ser feito com tanto esmero e fui eu mesma conferir. Com certeza a comida servida lá era melhor do que muitos restaurantes que cobravam sete ou dez vezes mais.
As filas davam voltas, pois todos apreciavam o excelente tempero e o cardápio sempre muito bem balanceado.
Eu até me senti gente! Parecia realmente que alguém havia pensado no pobre do trabalhador que ganha o salário mínimo e mal dava para se alimentar de marmita. Alguém tinha se lembrado do aposentado, dos abandonados, dos excluídos.
As refeições eram compostas de sopa, arroz, feijão, uma carne, uma salada, um pão, um suco e uma sobremesa. Tudo muito bem preparado.
A comida não deixava em nada a desejar a qualquer outro que se destinasse a atender ao trabalhador.
A empresa que administrava o restaurante fazia um trabalho primoroso!
Comi algumas vezes lá e nunca me arrependi, sempre tinha algo gostoso no cardápio.
Quando inauguraram o Restaurante Popular em Campo Grande, todos ficaram na expectativa de que este superasse o de Bangu, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. A comida servida em Campo Grande era realmente o que se esperava de um Restaurante Popular: de baixíssima qualidade!
O cardápio do restaurante, que promete ser balanceado incluiu, entre outras barbaridades, salsicha!
Me digam o nome do nutricionista que incluiu salsicha numa refeição balanceada que procuro a faculdade onde comprou o seu diploma!
Outro dia fui comer lá e observei que a refeição estava realmente bem balanceada, pois tinha Angu à Baiana, salada de repolho e de sobremesa melancia. Qualquer pessoa com um pouco mais de idade que comesse a refeição poderia ter uma indigestão. Lógico que havia uma segunda opção: salsicha.
Eu não sei muito bem o que se passa com esse nutricionista, mas eu gostaria que ele me explicasse quais são as proteínas e vitaminas presentes na salsicha para que ela faça parte constantemente do cardápio do restaurante. De repente são salsichas especiais, acrescidas de vitaminas, cálcio e ferro, vai saber.
Coisas muito comuns de se encontrar no tal Restaurante Popular de Campo Grande também é a lingüiça de churrasco, o hambúrguer cozido com molho e a omelete de queijo. Como podem ver tudo muito saudável e balanceado. Não podemos esquecer a carne moída de aspecto sombrio, parecendo ração de cachorro moída.
Se colocam alho no feijão eu não sei, mas a casca dele eu encontrei todas as vezes que lá comi
As sopas têm um aspecto tenebroso e quase sempre são engrossadas com fubá!
Lógico que as longas filas do restaurante foram diminuindo e sumiram. E o restaurante passou a ser freqüentado apenas pelos que não têm realmente outra opção.
Eu continuava sonhando com aquele restaurante em Bangu, onde a comida era bem preparada em respeito ao trabalhador.
Pois bem, outro dia fui trabalhar em Bangu e fiz questão de comer no Restaurante Popular de lá.
Quando cheguei e vi que não tinha fila eu tomei um susto, mas como chovia muito, atribuí a falta de gente à chuva que caía, mas quando entrei no restaurante a minha surpresa foi ainda maior, pois o cardápio era composto de lingüiça de churrasco ou carne moída.
Isso fatalmente aconteceria mais cedo ou mais tarde, pois se uma empresa recebe o mesmo valor do governo e oferece refeições de qualidade, enquanto outra coloca qualquer coisa no cardápio e ninguém reclama, tem um lucro menor.
Ninguém vai obrigar a empresa que administra o Restaurante Popular de Campo Grande a oferecer refeições realmente dignas, até porque a pessoa que a contratou não almoça lá, então a empresa que administra o restaurante de Bangu resolveu se nivelar por ela, o que eu acho uma vergonha.
Quando as pessoas comiam em Bangu eu percebia que se sentiam felizes, satisfeitos e hoje vão lá apenas para “matar a fome”.
O trabalhador não quer “matar a fome” quer ser respeitado. Até porque essa refeição não está custando R$ 1,00. Esse preço é, como eu disse, simbólico. O governo paga por ela o preço de uma refeição normal. E o governo paga essas refeições com o dinheiro dos nossos impostos, que não são poucos.
Se o trabalhador era respeitado antes, não vejo porque agora tenha que ser tratado como gado!
Realmente gostaria que esse meu grito solitário. Não fosse mais um grito que se perde no tempo e no espaço e que apenas uma autoridade resolvesse fazer uma visita a um restaurante desses e tentasse comer a comida servida lá, aliás, como fez a Governadora Rosinha Garotinho em 2006, mas nesse ano ainda se podia comer lá sem susto. Como é que em apenas 2 anos a coisa piorou tanto?
O pior de tudo é o cardápio publicado nos grandes jornais locais! Se não fosse trágico, seria cômico. Na época próxima ao Natal anunciaram que seria servida uma mini ceia com direito a pannetone de sobremesa e eu estava lá e eles serviram almôndega e lingüiça de churrasco. Quem lê os jornais realmente acredita que o trabalhador está se alimentando com altíssima qualidade, o que não é verdade.
Certamente, quem envia o cardápio para os jornais são as empresas que comandam o “negócio”, estando os jornais isentos de culpa.
Pior do que servir comida ruim, recebendo por comida boa é enganar a população em geral, inclusive os meios de comunicação que deveriam servir para informar a população com fatos verídicos e não com engodos criados por pessoas gananciosas e inescrupulosas.



Um comentário:

  1. A respeito do restaurante popular,aqui em pelotas RS alguns politicos ligados a prefeitura e a administradores do referido restaurante querem restringir o acesso ao almoço, a trabalhadores do comércio local e outras categorias q se incluem dentro da renda percapta requerida p/ o acesso ao RP,mandaram espalar aos mais humides e q ue ñ tem, acesso ao conhecimento legal,q se perderem a proxima eleição vam acabar c/ o RP de pelotas.O antigo fornecedor gananciou tanto q comprou casas e automóveis na região,as custas de servir apenas uma refeição aguada às pessoas, ecotinuam a servir salsicha enrolada em uma massa frita e alimento reciclado das sobras,é uma vergonha e aqui viem no tempo do coronelismo, e assim ñ se tem a quem recorer ele manipulam até o ministério publico.

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